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Ratio Studiorum é uma espécie de coletânea privada, fundamentada em experiências vivenciadas no Colégio Romano e adicionada a observações pedagógicas de diversos outros colégios, que busca instruir rapidamente todo o jesuíta docente sobre a natureza, a extensão e as obrigações do seu cargo. A Ratio ( pronuncia-se rácio, palavra feminina latina da terceira declinação) surgiu com a necessidade de unificar o procedimento pedagógico dos jesuítas diante da explosão do número de colégios confiados à Companhia de Jesus como base de uma expansão em sua totalidade missionária. Constituiu-se numa sistematização da pedagogia jesuítica contendo 467 regras cobrindo todas as atividades dos agentes diretamente ligados ao ensino e recomendava que o professor nunca se afastasse do estilo filosófico de Aristóteles, e da teologia de Santo Tomás de Aquino
Em 1584, o Padre Aquaviva, novo superior geral da Ordem jesuíta, nomeia uma comissão encarregada de codificar as observações que foram reunidas em Roma. O anteprojeto motivado, redigido em 1586, depois de haver sido submetido às críticas dos executores e de haver sido remanejado por nova comissão, torna-se o texto de 1591 e toma forma definitiva na famosa Ratio Studiorum, promulgada em 8 de janeiro de 1599. Segundo Maria Luisa Santos Ribeiro (História da Educação Brasileira- A Organização Escolar 17ª ed), em 1599 foi o ano em que se publicou o programa do Ratio. Fica evidente que o objetivo era instruir o silvícola, a moda européia, promovendo a sua civilização. Além disso a elite colonial seria instruída em valores morais cristãos, bem dentro da lógica da Reforma Católica do Século XVI. Assim teríamos a mesma escola mas com objetivos, bem diferentes: Para a elite a instrução moral e administrativa; para os nativos a catequese. A estrutura pedagógica das escolas do Ratio Studiorum eras idênticas as nossas escolas do Brasil contemporâneo, já que os alunos aprendiam em salas de aulas, divididos em níveis (classes), e realizavam provas, geralmente orais. Em 1759, com a expulsão dos Jesuítas do Brasil, houve a paralisação dos trabalhos que estes desenvolviam na colonial. Na época da sua expulsão existiam no país: vinte Colégios, doze seminários, um colégio e um recolhimento feminino.
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ratio_Studiorum
RATIO STUDIORUM[1]
Conjunto de normas criado para regulamentar o ensino nos colégios jesuíticos. Sua primeira edição, de 1599, além de sustentar a educação jesuítica ganhou status de norma para toda a Companhia de Jesus. Tinha por finalidade ordenar as atividades, funções e os métodos de avaliação nas escolas jesuíticas. Não estava explícito no texto o desejo de que ela se tornasse um método inovador que influenciasse a educação moderna, mesmo assim, foi ponte entre o ensino medieval e o moderno. Antes do documento em questão ser elaborado, a ordem tinha suas normas para o regimento interno dos colégios, os chamados Ordenamentos de Estudos, que serviram de inspiração e ponto de partida para a elaboração da Ratio Studiorum. A Ratio Studiorum se transformou de apenas uma razão de estudos em uma razão política, uma vez que exerceu importante influência em meios políticos, mesmo não católicos. O objetivo maior da educação jesuítica segundo a própria Companhia não era o de inovar, mas sim de cumprir as palavras de Cristo: “Docete omnesgentes, ensinai, instrui, mostrai a todos a verdade.” Esse foi um dos motivos pelos quais os jesuítas desempenharam na Europa e também no chamado “Novo Mundo” o papel de educadores, unido à veia missionária da Ordem. Para seu estudo é obrigatória a leitura da tradução do documento para o português, feita pelo padre jesuíta Leonel FRANCA (1952). É recomendável também a consulta à mais recente edição francesa, traduzida por DEMOUSTIER & JULIA (1997), que traz junto o original latino (Ver Referências Documentais). Além da leitura do próprio documento, consultar as Constituições da Companhia de Jesus que ajuda a entender as normas que regem o funcionamento interno da Ordem (Ver Referências Documentais). As obras essenciais relacionadas ao tema foram escritas por Daniel ROPS (1965), A. GUILLERMOU (1960), L. LUKÁCS (1965 e 1974), José Maria DE PAIVA (1981), IGNÁCIO DE LOYOLA (1982), R. FRÖLICH (1987), Émille DÜRKHEIM (1990), DE DAINVILLE (1991), Cézar de Alencar ARNAUT DE TOLEDO (2000) (Ver Referências Historiográficas).
[1] Verbete elaborado por Cézar de Alencar Arnaut de Toledo, Flávio Massami Martins Ruckstadter e Vanessa Campos Mariano Ruckstadter.
FONTE: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_ratio_studiorum.htm
FRANCA S.J., Leonel. O método pedagógico dos jesuítas: o "Ratio Studiorum": Introdução e Tradução.Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 1952. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-24782000000200010&script=sci_arttext
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O RATIO STUDIORUM E A ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NOS COLÉGIOS JESUÍTICOS. Disponível em: http://www.uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais14/arquivos/textos/Comunicacao_Oral/Trabalhos_Completos/Ana_Toyshima_e_Gilmar_Montagnoli_e_Celio_Costa.pdf
Resumo Este trabalho propõe uma reflexão a respeito do Método Pedagógico dos Jesuítas, o Ratio Studiorum, com a intenção de compreender a educação e a formação dos integrantes da Companhia de Jesus. Tal plano educacional caracteriza-se por um manual prático com 467 regras na sua última versão em 1599 que, incluí todos os atuantes vinculados ao ensino, cujos elementos mais importantes de seu conteúdo abrangem a administração, o currículo e a metodologia.
A FILOSOFIA NA RATIO STUDIORUM. Dissertação. Disponível em: https://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/2006/PLOKUTLTELNB.pdf
O homem segundo o Ratio Studiorum. Dissertação. Disponível em: https://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/2006/LWXIVPILABYH.pdf
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